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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Campanhas

Uma manchete na página A7 ( poder ) da Folha de São Paulo, edição de hoje, chamou-me a atenção: "Alckmin institui 'gabinete antiprotesto'"; a manchete menor prendeu mais ainda a minha atenção: "Palácio dos Bandeirantes monitora manifestações organizadas nas redes sociais e muda agenda do governador". Como eu frequento as tais redes sociais (Facebook, Orkut, Twitter) e tenho este blog, fiquei com a curiosidade mais aguçada porque entre os meus amigos no Facebook - tenho apenas 112 - não há tais movimentos que cheguem a incomodar quem está no poder. Eu mesmo tenho postado algumas "denúncias", apontando - e com fotos - buracos nas vias públicas, automóveis estacionados irregularmente e outras mazelas cuja existência muitas vezes depende apenas do mau cidadão, às vezes do mau governante e por vezes de ambos, do mau cidadão e do mau governante. Hoje mesmo postei uma foto no Facebook e o título era "torpeza bilateral" em que aparecem dois veíc

Variedades

Como eu sou fã de tênis, não poderia deixar de dizer algumas palavras daquele que já está classificado como o jogo mais longo em matéria de final de Grand Slam: durou 5h53m e desenvolveu-se em 5 sets. Não assisti ao jogo inteiro porque não sou fã de nenhum dos dois envolvidos, Nadal e Djokovic. O estilo de jogo de ambos - fundo de quadra - não é agradável de se assistir. Torna-se por vezes monótono ambos trocando bolas a partir do fundo da quadra. Sou mais fã do estilo saque/voleio, que teve grandes representantes, tais como John McEnroe e Pete Sampras. Este estilo de jogo está desaparecendo do circuito da ATP, assim como são poucos os tenistas que hoje batem de esquerda com uma só mão. Mudando de tema, a polêmica da abolição do uso das "sacolinhas" parece interminável. A campanha em Campinas, posta em "outdoors" especialmente, tinha como mote "vamos tirar o planeta do sufoco" e todo mundo sabe quanto tempo demora para a degradação desse plástico. Pois be

Cinema e tênis

Para um cinéfilo - esta semana já fui ao cinema 4 vezes - (favor não confundir com cinófilo [pessoa que gosta de cães], que não é o meu caso; já gostei de cães, tive vários e de raça [beagle e fila, por exemplo,], mas, morando em apartamento, é difícil ter animais) como eu, sexta-feira é o melhor dia da semana, pois é o dia em que estreiam os filmes em Campinas. Alguns, como eu já disse outro dia, vêm em pré-estreia, com horários malucos (por exemplo, uma sessão às 21,30h, como é o caso, hoje, do "Precisamos falar com o Kevin"); outros, já vêm em horário normal. Esta semana, em horário normal, estão "Os descendentes", "Millenium" e "J. Edgar". Este, dirigido por Clint Eastwood e estrelado por Leonardo DiCaprio (todos "esquecidos" nas indicações ao "Oscar"), é, por assim dizer, uma biografia de J. Edgar Hoover, o homem que praticamente criou o FBI e o dirigiu por 48 anos, instalando um poder paralelo dentro do Estado. É citado

O natimorto

          Ela tinha pouco mais de 18 anos e trabalhava como empregada doméstica num apartamento localizado na avenida Julio de Mesquita, Cambuí. Morava no local. A família para quem ela trabalhava era composta de pai, mãe e dois filhos, bem pequenos. O casal era muito católico.           Ela conheceu um rapaz e iniciaram um namoro. Engravidou. O namorado desapareceu. Ela conseguiu ocultar a gravidez dos patrões durante todo o tempo, até dar à luz, quando ocorreu o fato que foi classificado como crime de infanticídio.           Um final de semana, o casal foi participar de um retiro espiritual, com início na sexta-feira e término no domingo. Ela ficou com as crianças. Nesse final de semana, sentiu as contrações – e as dores também – do parto. Foi ao banheiro. Deu à luz. Desesperada, asfixiou o recém-nascido [1] . Foi à cozinha. Apanhou uma faca. Retornou ao banheiro. Tentou desmembrar o bebê. Não conseguiu. Pôs o corpo, com as marcas das tentativas de corte, num saco de

Diversas

Ontem, a Academia anunciou a relação dos indicados ao Oscar e, infelizmente, alguns dos filmes não foram ainda exibidos no Brasil. Eis a lista: "O Artista" "Os Descendentes" "Histórias Cruzadas" "A Invenção de Hugo Cabret" " Meia-Noite em Paris " "O Homem que Mudou o Jogo" " Cavalo de Guerra " “ A Árvore da Vida ” “Tão forte e tão perto” Apenas três foram exibidos no Brasil ("Meia-noite em Paris", "Cavalo de guerra" e A árvore da vida"), um ainda está em cartaz ("Cavalo de guerra"); um quarto filme está em pré-estreia, ou seja, naqueles horários malucos ("Os descendentes"), que, creio, sexta-feira entrará em horário normal (em Campinas, é na sexta-feira que entram filmes em exibição). No primeiro grand slam do ano, Australian Open, as surpresas foram poucas: numa semi-final estarão Nadal contra Federer; na outra, Murray contra o vencedor do jogo entre D

Cidade sem lei

Cidade sem lei Campinas há muitos anos é uma cidade sem lei, especialmente quando se tem em mente a aplicação das normas - em sentido mais amplo possível - municipais. Fazia muito tempo que Campinas não tinha um prefeito que fizesse algo pela cidade, por mais ínfimo que fosse: conservar as praças, por exemplo. Até que veio o governo do "primeiro os que mais precisam" que fez o mínimo, tirando do papel certas construções, como, por exemplo, a rodoviária (a construção de uma nova rodoviária esperou décadas); fez outras pequenas obras como as estações de transferência de passageiros, a ciclovia, tudo que demanda pouco gasto de dinheiro. Fez, repetindo, o mínimo. Porém, quanto ao mais, nada é feito. Tomo como exemplo a buraqueira que tomou conta da cidade. Este fato é apontado nas redes sociais atualmente, com fotos ilustrando esse estado de abandono; a mídia também aponta isso e nada é providenciado pela prefeitura. Há outro fato que demonstra descaso com a cidade: as placa

Finalmente, sexta-feira

Sexta-feira A sexta-feira sempre é um ótimo dia porque sempre há estreias de filmes no circuito campineiro. O chato são as pré-estreias, com horários malucos (estilo 21,40h). Nesse perfil se encaixa o filme "Os descendentes", com George Clooney, recentemente premiado com o "Globo de Ouro". Como estreia há o "clássico" "O espião que sabia demais", com os ótimos ingleses Gary Oldman e Colin Firth (Oscar por "O discurso do rei"), baseado numa obra do também ótimo John LeCarré. Outra boa opção (estou me sentindo Rubens Ewald Filho) é o filme "As aventuras de Tintim", dirigido pelo premiado Steven Sielberg. Baseado nos quadrinhos do escritor belga Hervé, creio que valerá a pena ver. Outra opção baseada em obras antigas, como as duas anteriores, é o filme "Sherlock Holmes: o jogo de sombras", com dois ótimos atores (Robert Downey Jr e Jude Law). São três filmes que me fazem lembrar da minha infância em Jaú, de tão an

Tênis brasileiro

Mais um brasileiro, desta vez Ricardo Mello, foi eliminado do Australian Open. Como era esperado, ele foi eliminado por Jo-Wilfried Tsonga, por três sets a zero. Não foi tão feio, porque Ricardo conseguiu fazer alguns "games". Neste exato momento, o terceiro - e último - brasileiro, Thomaz Bellucci, foi eliminado por outro francês, Gael Monfils, por três "sets" a um. É lamentável que num país que teve um jogador do porte do Guga, o tênis esteja presentemente "jogado às traças". Guga é um dos maiores jogadores de todos os tempos, estando no panteão dos vencedores. Ficou por 42 semanas como número um do mundo e abocanhou 12 milhões de dólares apenas em premiação (excluída a verba de patrocínio). Foi o único sul-americano a conseguir a proeza de permanecer tanto tempo na liderança do ranking (antes dele, Marcelo Ríos - chileno - havia sido o primeiro, porém de forma efêmera). Para traçar uma comparação que incomoda: a Argentina tem 6 entre os 100 primeiros

Ainda o estupro

Ainda o estupro Ontem eu fiz algumas (poucas) observações sobre as modificações introduzidas no Código Penal pela lei 12.015, de 2009. A que eu apontei ontem foi aquela que criou a figura do "estupro de vulnerável". Essas três figuras nada mais eram do que as presunções de violência. Estas presunções - havia unanimidade na doutrina a partir da opinião do presidente da comissão, ministro Nélson Hungria, que preparou o projeto do CP de 1940 -  eram "relativas", em jargão antigo, ""juris tantum". Nesse mesno sentido incontáveis vezes o STF se manifestou. Com a reforma, elas deixaram de ser algo circunstancial aplicável a um tipo penal e passaram a ser o próprio tipo penal. Outra modificação diz respeito à ação penal: antes da reforma de 2009, o estupro era um tipo penal peerseguível por ação penal privada (regra), ação penal pública condicionada e ação penal pública incondicionada (exceções). A partir da reforma, passou a ser de ação penal pública con

Terça-feira

Mais um dia em que a chuva promete estar presente; ao menos, ameaça. As boas notícias: Bellucci derrotou o seu algoz (que o havia vencido nos dois conrontos anteriores, um deles no US Open), o israelense Dudi Sela; má notícia: na próxima fase enfrentará o francês Gael Monfils. Ricardo Mello também venceu e na próxima fase enfrentará o francês Tsonga. O terceiro brasileiro, João Souza, o "Feijão", foi derrotado. A não ser que ocorra um milagre, em breve o Brasil não terá mais nenhum jogador no Australian Open. Algo que tem chamado a atenção da mídia - o que é lamentável - é o tal "estupro" de que teria sido vítima uma participante desse lixo chamado "BBB". Se George Orwell fosse vivo, certamente desencarnaria ao ver o uso que estão fazendo com o nome criado por ele. Mas servirá para demonstrar o absurdo da legislação penal a partir da reforma realizada no ano de 2009, pela lei n° 12.015. A participante teria sido submetida a conjunção carnal enquanto esta

Segunda-feira sem chuva

Depois de muita ameaça de chuva - e os metereologistas afirmavam que choveria -, parece que o dia se encerrará sem "precipitações" (para usar o jargão antigo). Foi possível dar uma "esticada" até a praça para ler mais um pouco o livro "Steve Jobs", de Walter Isaacson. É interessante conhecer a história do criador da Apple, do iPad, iPod, iPhone e do primeiro dos "ultrabooks", o MacBookAir, o primeiro dos "notes" mais finos. É impossível, ao conhecer a sua história, não fazer uma comparação com a de um dos criadores do Facebook, Mark Zuckerberg (um dos criadores porque o brasileiro Eduardo Saverin ajudou na concepção desse "produto") e pode-se concluir que ambos foram pessoas que, a par das criações magníficas que tiveram, eram difíceis de caráter: ambos, em suas trajetórias, pisaram em outras pessoas. O livro sobre Jobs explica até o porque do símbolo da Apple ser uma maçã mordida. Não se pode esquecer que outros gênios, dest

Segunda-feira cinzenta

Pior início de semana como este só haveria se estivesse chovendo. Não está e por pouco. A cor cinzenta do céu mostra que as chuvas poderão vir. E o "site" Weather Channel prevê para Campinas "tempestades esparsas", com possibilidade de chuva de 60%. Numa típica segunda de janeiro, os cinemas estão exibindo em sua maioria filmes infantis, as famosas "animações"; além disso, o programa do campineiro nas férias é ir aos shoppings, de forma que estarão esses centros praticamente lotados. O que há de bom é que a ESPN HD está mostrando ao vivo os jogos do Australian Open; acabei de ver Federer "liquidar" um russo de nome esquisito: Kudryavtsev, por 3 sets a 0. E na madrugada vi Del Potro vencer um francês, Mannarino, por 3 sets a 1. Agora o canal está exibindo Wozniacki (primeira na WTA) contra Rodionova. Pena que a diferença de horário impeça assistir a outros jogos.

BO

Hoje, domingo, 15/1/12, a FSP, caderno ILUSTRÍSSIMA, traz uma matéria interessante plublicada originariamente no "The Guardian", sobre uma política adotada no Texas, USA, em matéria de educação: crianças e adolescentes sendo tratados como criminosos. Duas passagens pareceram interessantes: em primeiro lugar, pais que não dão aos filhos a educação mínima, sim, aquela para saber portar-se em sociedade, talvez - o artigo não sugere isso, nem dá a entender - esperando que os professores façam isso. Em segundo  lugar, que existem professores - e isto é facilmente verificável - que não têm a menor vontade de exigir disciplina em sala de aula. Estas conclusões talvez possam ser extraídas depois da leitura da (longa) matéria, mas - ainda talvez - as conclusões possam ser injustas. É certo que nos dias atuais os pais já não são mais "os primeiros professores", como se dizia - e era - antigamente: muitos preferem deixar a cargo dos mestres essa árdua tarefa de educar (não ap