É duro voltar à realidade, não apenas de ter que trabalhar, mas de constatar como é difícil viver num país de terceiro mundo, mas que, na visão dos governantes, é de primeiríssimo mundo: a sexta economia do mundo, não sei que lugar em número de helicópteros, de caixas eletrônicos e de não mais em liderança. No entanto, muitas pessoas utilizam como meio de transporte motocicletas e também como meio de trabalho; em cada esquina há alguém "trabalhando" com malabares ou simplesmente mendigando; em cada lugar onde ocorra qualquer evento - até nas proximidades de um cemitério - há os detestáveis guardadores de carros, também conhecidos como "flanelinhas"; não há "manos" trafegando em carros com o som em altíssimo volume.
Logo ao chegar em Campinas, por volta de meia-noite e meia, no Largo do Pará, quando me dirigia para o ponto de táxi, fui abordado por um mendigo que, chamando-me de "doutor", pediu "um trocado". Pensei na frase que é o título deste texto, que, apesar de antiga e meio "batida", eu a ouvi de uma pessoa que trabalhava no torneio ATP Sony Ericsson, ao saber que o estadunidense Andy Roddik fora eliminado, no dia seguinte ao que venceu Roger Federer, pelo argentino Juan Monaco por 7x5 e 6x0. Ele me perguntou o resultado e ao ouví-lo, disse: "back do reality".
Em primeiro mundo - e não estou me referindo apenas aos EUA, e sim também à França, Inglaterra e mesmo Argentina - não existem os famosos motoboys, que, tirando "fina" dos nossos carros, expõem as próprias vidas e a dos outros a perigo. As estatísticas demonstram que muitos condutores de motos envolvem-se em acidentes.
Em primeiro mundo também há mendigos, mas não em tão grande quantidade quanto nesta "sexta economia do mundo". Ademais, os pedintes de primeiro mundo não são tão digamos pedintes quanto os daqui. Vi no sábado uma mulher numa esquina com uma placa escrita "just hungry" - e nada mais. Anteriormente, havia visto um pedinte numa esquina com uma placa "homeless" (e, curiosamente, os mendigos de lá falam inglês...).
Eu já disse isto em texto anterior: nos eventos, não se vê a figura do famoso guardador de carro (vi um destes defronte a catedral de Santiago de Compostela - mas ele não assediava as pessoas como se faz aqui, em que eles praticamente constrangem as pessoas ao desembolso.
DEpois, já me preparando para dormir, por volta de 1h30m da madrugada, ouvi um som altíssimo vindo do carro de um "mano" - e, como não poderia deixar de ser, música sertaneja (ou pagode ou outro lixo qualquer). Não se ouve tocando Frank Sinatra, Adele ou Michael Bublé.
Back to reality.
Silvio Artur Dias da Silva
Logo ao chegar em Campinas, por volta de meia-noite e meia, no Largo do Pará, quando me dirigia para o ponto de táxi, fui abordado por um mendigo que, chamando-me de "doutor", pediu "um trocado". Pensei na frase que é o título deste texto, que, apesar de antiga e meio "batida", eu a ouvi de uma pessoa que trabalhava no torneio ATP Sony Ericsson, ao saber que o estadunidense Andy Roddik fora eliminado, no dia seguinte ao que venceu Roger Federer, pelo argentino Juan Monaco por 7x5 e 6x0. Ele me perguntou o resultado e ao ouví-lo, disse: "back do reality".
Em primeiro mundo - e não estou me referindo apenas aos EUA, e sim também à França, Inglaterra e mesmo Argentina - não existem os famosos motoboys, que, tirando "fina" dos nossos carros, expõem as próprias vidas e a dos outros a perigo. As estatísticas demonstram que muitos condutores de motos envolvem-se em acidentes.
Em primeiro mundo também há mendigos, mas não em tão grande quantidade quanto nesta "sexta economia do mundo". Ademais, os pedintes de primeiro mundo não são tão digamos pedintes quanto os daqui. Vi no sábado uma mulher numa esquina com uma placa escrita "just hungry" - e nada mais. Anteriormente, havia visto um pedinte numa esquina com uma placa "homeless" (e, curiosamente, os mendigos de lá falam inglês...).
Eu já disse isto em texto anterior: nos eventos, não se vê a figura do famoso guardador de carro (vi um destes defronte a catedral de Santiago de Compostela - mas ele não assediava as pessoas como se faz aqui, em que eles praticamente constrangem as pessoas ao desembolso.
DEpois, já me preparando para dormir, por volta de 1h30m da madrugada, ouvi um som altíssimo vindo do carro de um "mano" - e, como não poderia deixar de ser, música sertaneja (ou pagode ou outro lixo qualquer). Não se ouve tocando Frank Sinatra, Adele ou Michael Bublé.
Back to reality.
Silvio Artur Dias da Silva
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