No texto de ontem, abordei a forma como a educação - ou o ensino, se preferirem - vem sendo tratada no Brasil e no mundo nas últimas décadas, bem como o despreparo dos professores. Preferiu-se substituir o castigo, seja físico ou não, pelo diálogo ("conversa", no dizer de algumas pessoas), mas a velocidade dos acontecimentos tem impedido que o diálogo seja adotado como solução, e mais, que ele seja duradouro e não de apenas alguns minutos. Um diálogo para um aluno que apresenta problema grave na escola deve ter a mesma duração, creio eu, de uma abordagem psicanalítica: não serão alguns minutos que resolverão a situação.
Nós, alunos, tremíamos de medo quando nos comunicavam que teríamos que ir "à diretoria": certamente tomaríamos "um pito" do diretor, além da ocorrência constar da caderneta onde eram escritas as notas... e o comportamento. Ao contrário do que ocorria, hoje em dia, especialmente na escola pública, a mídia tem noticiado brigas - e tudo filmado por câmera de celular e imediatamente posto no "Youtube", para deleite de muitos. Não são raras as notícias de alunos comparecendo às aulas portando arma de fogo - já foi registrada ocorrência de disparo de arma de fogo em sala de aula, com o projétil atingindo a professora, que se salvou, tendo o autor do disparo se suicidado.
No nosso "irmão do norte" (como antigamente a mídia se referia aos Estados Unidos da América do Norte) a solução para esses "problemas escolares" foi de tratamento de choque (diria que se trata de medida que seguiu os mesmos passos de uma Política Criminal chamada "tolerância zero"): no estado do Texas, tradicional reduto dos republicanos e em que a pena de morte é largamente aplicada e executada, a polícia e o Poder Judiciário foram acionados para resolver ocorrências escolares e isso não vem de data recente.
A FOLHA DE SÃO PAULO, trouxe uma reportagem extensa sobre essa solução, publicada no caderno ILUSTRÍSSIMA de 15 de janeiro de 2012. O título é: "Nota vermelha no BO". A matéria tem críticas, obviamente, mas uma frase prende a atenção: "processsos judiciais, multas e cadeia estigmatizam colegiais e criam uma 'via direta da escola à prisão'".
Qual é a melhor solução: somente o tempo, e de uma geração, poderá nos responder esta questão. Como já estou no Estatuto do Idoso, creio que não terei tempo de ver.
Silvio Artur Dias da Silva
Endereço da reportagem citada no texto: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1034537-nota-vermelha-no-bo.shtml
Nós, alunos, tremíamos de medo quando nos comunicavam que teríamos que ir "à diretoria": certamente tomaríamos "um pito" do diretor, além da ocorrência constar da caderneta onde eram escritas as notas... e o comportamento. Ao contrário do que ocorria, hoje em dia, especialmente na escola pública, a mídia tem noticiado brigas - e tudo filmado por câmera de celular e imediatamente posto no "Youtube", para deleite de muitos. Não são raras as notícias de alunos comparecendo às aulas portando arma de fogo - já foi registrada ocorrência de disparo de arma de fogo em sala de aula, com o projétil atingindo a professora, que se salvou, tendo o autor do disparo se suicidado.
No nosso "irmão do norte" (como antigamente a mídia se referia aos Estados Unidos da América do Norte) a solução para esses "problemas escolares" foi de tratamento de choque (diria que se trata de medida que seguiu os mesmos passos de uma Política Criminal chamada "tolerância zero"): no estado do Texas, tradicional reduto dos republicanos e em que a pena de morte é largamente aplicada e executada, a polícia e o Poder Judiciário foram acionados para resolver ocorrências escolares e isso não vem de data recente.
A FOLHA DE SÃO PAULO, trouxe uma reportagem extensa sobre essa solução, publicada no caderno ILUSTRÍSSIMA de 15 de janeiro de 2012. O título é: "Nota vermelha no BO". A matéria tem críticas, obviamente, mas uma frase prende a atenção: "processsos judiciais, multas e cadeia estigmatizam colegiais e criam uma 'via direta da escola à prisão'".
Qual é a melhor solução: somente o tempo, e de uma geração, poderá nos responder esta questão. Como já estou no Estatuto do Idoso, creio que não terei tempo de ver.
Silvio Artur Dias da Silva
Endereço da reportagem citada no texto: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1034537-nota-vermelha-no-bo.shtml
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