Osmar era uma daquelas pessoas que podiam ser classificadas como “cliente” do sistema penitenciário. Logo que iniciei na advocacia – e antes de ser aprovado no concurso para Procurador do Estado – eu o vi ser preso na avenida Brasil, num sábado à noite, por ironia defronte a casa do Juiz de Direito titular da 3ª Vara Criminal da comarca de Campinas. Ele era suspeito de haver praticado um roubo com emprego de arma contra um taxista. Foi processado e condenado. Por um período curto de tempo, no ano de 1977, prestei, na qualidade de voluntário, assistência jurídica criminal aos presos da cadeia pública do São Bernardo, auxiliando no PAR – Patronato de Ajuda ao Reeducando, que fora criado pelo Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da comarca de Campinas e Corregedor dos Presídios e da Polícia Judiciária, Roberto Telles Sampaio. Meu trabalho era desenvolvido aos sábados à tarde. Por essa ocasião, travei conhecimento com Osmar – ele ainda estava preso.