Nesse depoimento, a ex-companheira de “Anso” - e irmã de
Valmires – depôs e afirmou conhecer “Andinho”, “Valmirzinho” e “Fiinho”,
admitindo, ainda, ter sido “Anzo” seu “marido”. Na época de seu depoimento ela
estava presa na Cadeia Pública de Indaiatuba, cumprindo pena por tráfico de
entorpecentes. Sobre a morte do prefeito – e era este o motivo de sua oitiva -,
disse que seu “marido” negou ter dele participado.
Em
seguida, componentes do GAERCO de Campinas requereram a juntada aos autos de
depoimentos (testemunhas “A” e “B”[1])
que foram tomados em sua sede, bem como a oitiva delas em juízo e, finalmente, que
fosse requisitada cópia do inquérito policial que tramitara na cidade de Sumaré
e em cujo bojo estaria apreendida a arma calibre 9mm utilizada na morte do
prefeito (tal fato fora afirmado pela testemunha Geraldo.
A
testemunha “A” era empregada de uma empresa de Bauru que prestava serviços,
mais especificamente de segurança patrimonial, à SANASA. A empresa bauruense
tinha dois irmãos como sócios majoritários, de nomes Airton e Jair. Depois de
discorrer longamente sobre um suposto “esquema” de corrupção que ocorria na
prestação do serviço, citando nomes de várias pessoas e várias quantias, a
testemunha chegou ao ponto que mais interessava ao processo: ela teria ouvido
um diálogo entre Ramiro (sócio minoritário da empresa que prestava os serviços)
e Clóvis (segundo as suas palavras, uma espécie de gerente administrativo).
“Clóvis
– Ramiro, não está tendo mais jeito, estamos tentando de tudo. O Toninho está
apertando demais, isso para nós está ficando sufocante, porque uma hora ele
pede uma coisa, outra hora ele pede isso; por outro lado, não podemos montar
nada, porque não sabe se vai ficar, se não vai ficar.
Ramiro
– É, esse cara é que nós temos que dar ‘baixa’”.
“Dar
baixa” no prefeito, como se sabe, em outras palavras significa matá-lo.
A
segunda testemunha ouvida pelo GAERCO também trabalhava na empresa de Bauru que
prestava serviços à SANASA e afirmou ter ouvido um trecho da conversa em que se
falava da necessidade de “dar baixa” no prefeito
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