Ele um padre e creio que daquelas ordens que fazem voto de pobreza: não usava hábito (ou batina), o que iguala todos, mas sim roupas comuns e muito humildes. Era, conforme devem ser todos os religiosos, muito afável. O seu carro era um Fusca bem usado, que servia para percorrer as ruas da paróquia onde atuava. Um dia, por infortúnio, atropelou um ciclista, causando-lhe ferimentos leves. A princípio, se fosse acusado, seria de lesões corporais (leves) [1] culposas e o inquérito tramitou pelo 4º Distrito Policial, pois o fato ocorreu no bairro Taquaral. Fiz o acompanhamento do inquérito, indo com ele até o distrito policial quando ele seria – e foi – ouvido pelo Delegado de Polícia. Tudo o que foi amealhado durante a tramitação do inquérito policial demonstrou que a responsabilidade fora exclusiva do ciclista, ou seja, que este havia “atropelado” o carro do religioso, o que fez com que o Ministério Público requeresse o arquivamento, pleito prontamente at