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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Brigas de torcidas

      Brasil, o país do futebol! Todo brasileiro deve ter ouvido essa frase um número incontável de vezes. A ela deve ser acrescentada outra: e das brigas entre torcidas também. Torcidas organizadas principalmente.       Alguns países já passaram por este malefício antes, podendo ser citado como exemplo os “holligans”, da Grã Bretanha e os “barrabravas” da Argentina. Esse período maléfico foi razoavelmente superado – e no Brasil parece que eles estão crescendo.       Tive a oportunidade de atuar na defesa de um corintiano, que pertencia à torcida organizada chamada “pavilhão nove”, que foi acusado de alguns crimes (lesão corporal, dano, associação criminosa e mais um delito, o previsto no artigo 41B do Estatuto do Torcedor). Não foi uma briga como as comuns, em que as torcidas ou mesmo as alas de uma torcida combinam um encontro para se digladiarem. Foi praticamente um encontro fortuito.       Um caminhão baú transportava alguns torcedores corintianos, dentre os quais

A (in)segurança pública no Rio de Janeiro

        Corria no ano de 2006 quando eu conheci no Canadá um espanhol e passamos a conversar, dizendo de quais países éramos procedentes. Ele fez a seguinte observação: em nossos países estão as praias urbanas mais bonitas do mundo. Esclareceu: em San Sebastián (País Basco), no meu país, e Rio de Janeiro, no teu país. Lamentei que, àquela época, a violência já era comum no Rio e ele disse que um seu parente tinha vindo ao Rio participar de um congresso e só trafegava em um carro blindado. A título de esclarecimento: dois anos após, em 2008, estive em San Sebastián e, francamente, as praias de lá não “pagam placê” comparadas com as do Rio.       De lá para cá tudo piorou. Há uma versão no mundo jurídico para explicar esse crescimento desenfreado: a partir de 1987 o tráfico de entorpecente parou de ser combatido. Naquela época, o governador era Bizola e seu secretário de Polícia Civil era Nilo Batista: este, numa entrevista à revista ISTOÉ, afirmou que “entorpecente não era p