Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2019

Memórias de um "reco"

      “Reco”, para os que ainda não conhecem essa gíria antiquíssima (e é possível que alguns [os mais novos] não a conheçam exatamente pela sua vetustez), é o apelido de recruta, ou seja, um noviço nos quadros das Forças Armadas.       No ano de 1964 minha família veio de mudança para Campinas premida pela necessidade de residir numa cidade maior (éramos de Jaú, SP), em que, principalmente, houvesse faculdade, já que os filhos estavam na idade de frequentar um curso superior e não havia faculdade na cidade. Nossa mudança se deu no dia 4 de fevereiro daquele ano e eu não tinha ainda completado 16 anos.       Na noite do dia 31 de março (ou na madrugada de 1° de abril) de 1964 foi deflagrado um movimento militar, a princípio denominado “revolução” e mais tarde “golpe”. Os da minha faixa etária hão de lembrar do período conturbado que antecedeu ao acontecimento. Dias após a ocorrência, indo ao centro da cidade (nós morávamos no bairro Bosque) tal não foi a   minha surpresa

Centro de Convivência Cultural

                Inaugurado em 9 de setembro de 1976, projeto do arquiteto Fábio Penteado, o Centro de Convivência Cultural de Campinas, instalado na Praça Imprensa Fluminense, tornou-se um ícone da cidade. Tinha um teatro subterrâneo (ou interno) e um teatro externo (de arena). Era um verdadeiro “point”: havia um bar – La Recoleta – na face voltada à rua Conceição. No teatro interno eram exibidas peças, colações de grau, festas de homenagens (os cinquenta anos da Faculdade de Direito da PUCCamp foram comemorados ali).                 De uma época para cá, sofreu uma degradação total. Há aproximadamente cinco anos (se a minha memória não estiver falhando) formou-se um grupo para restauração daquele local público. Participei de uma reunião-almoço desse colegiado. Não sei se por coincidência ou não, em seguida foi lavrado um convenio entre a Prefeitura e a Secretaria da Administração Penitenciária do estado para iniciar a restauração. Presos do regime semi-aberto (para gá