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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

Lion e a questão da paternidade

      Um dos filmes indicados ao Oscar, tanto na categoria de melhor película, melhor ator coadjuvante – Dev Patel -, e na de melhor atriz coadjuvante – Nicole Kidman, “Lion – uma jornada para casa”, é belíssimo, terno, cruel quando precisa ser e indiretamente aborda um tema jurídico que no Brasil encontra-se ainda – sem qualquer trocadilho – em gestação (ou desenvolvimento): a paternidade biológica e a paternidade socioafetiva.       Sem pretender fazer qualquer “spoiler”, o filme – baseado em fato real – descreve a saga de um garoto de pouca idade – Saroo - que se perde de seu irmão maior – Guddu – numa das incontáveis estações de trem da Índia, sendo adotado, depois de fugas e andanças, por uma família da Austrália, onde passa a ter uma vida condizente com o princípio da dignidade da pessoa humana. Em dado momento de sua vida, com quase 25 anos de idade, passa a ser atormentado por visões do passado – afinal, na corrente causal ele ali estava por conta de uma perda - e r