Norberto Bobbio – os que são da área jurídica devem conhecer muito bem – escreveu um livro muito bom chamado “A era dos Direitos”. Nós hoje vivemos outra era, a do palavrório: sempre alguém tem algo a dizer, ainda que seja, muitas vezes, uma rematada tolice. Roberto Carlos, no início de sua carreira, nos tempos da Jovem Guarda, quando compunha músicas inocentes, fez uma brincadeira com uma personagem (que ninguém nunca soube a identidade) de uma revista de muita tiragem na época, a Revista do Rádio. Essa personagem tinha uma coluna na revista chamada “Mexericos da Candinha”, destinada, claro, a fofocas. Numa frase da música, ele diz: “mas a Candinha quer falar”. É o que, em certa medida, acontece hoje. “Culpadas”, em parte por isso, são as “redes sociais”, que poderiam ser vistas englobadamente como “internet”. Sobre esse fenômeno, o autor de “O nome da rosa” e o “Cemitério de Praga”, Umberto Eco, disse numa entrevista à revista VEJA quando do lançamento de