O casal vivia uma união estável (poder-se-ia dizer, naquelas circunstâncias, que era instável...). Tinha filhos. Residia numa edícula, na periferia da cidade. A mulher padecia de doença mental. Para agravar o quadro, dava-se ao consumo de álcool. Sofrera algumas internações. Nesse cenário, as desavenças eram comuns, chegando à agressão física. Uma noite, chegando do trabalho, o marido encontrou-a alcoolizada. Desentenderam-se. Deitaram para dormir. A luz foi apagada. A refrega recomeçou, agora às escuras. De repente, cessou. Quando o dia se fez presente, a claridade mostrou uma triste realidade: a mulher estava morta. As fotos que ilustravam o laudo de “levantamento de local” eram tétricas: naquele cômodo com aparência de quarto, a mulher, que estava nua, jazia morta ao lado ...