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Postagens

Mostrando postagens de julho, 2020

Decreto-lei e criação de tribunal

           Está “rodando” pelas redes sociais uma postagem que, por enquanto, merece o Oscar de melhor (ou pior?) “fake-news” do ano: a que fala que está na mesa do presidente da República, faltando apenas assinar, um decreto-lei criando um tribunal constitucional militar. Toda “fake news”, a propósito, tem duas características principais: o anonimato de quem a produz e a falta de data da ocorrência (quando relata uma). De plano, consegue se saber se uma postagem é falsa quando a narrativa (por escrito ou gravado) não menciona a data, dizendo, vagamente, que “na noite de ontem...Essa “noite de ontem” transita pelas redes sociais durante meses, mas continua sendo sempre “ontem”. Quanto ao anonimato não é preciso dizer nada.          Mas a “fake news” em questão, embora não seja anônima, é uma demonstração da mais absoluta ignorância acerca do tema (lembro aqui uma frase atribuída ao grande romanc...

Advogado sofre...

Sempre se disse que a profissão de advogado é espinhosa, pois ele tem que "engolir muitos sapos", que às vezes vêm em forma humana: delegado de polícia, promotor de justiça, juiz de direito, o colega da parte contrária e, principalmente, o próprio cliente. Porém, a mais espinhosa é a área criminal e se escreveu muito sobre ela, principalmente no passado, quando ela era cercada de certo romantismo, especialmente daqueles profissionais que atuavam no júri (estão afetos ao julgamento pelo Tribunal do Júri os crimes dolosos, consumados ou tentados, contra a vida, a saber: homicídio [art. 121], participação em suicídio [artigo 122], infanticídio [artigo 123] e aborto [artigos 124 a 128]), todos do Código Penal. Diz a lenda que um dos maiores criminalistas (de júri) de Campinas residia num hotel próximo ao fórum, na avenida Francisco Glicério: não tive a honra de conhecê-lo. Hoje é ele nome de um logradouro público em Campinas. Há várias minisséries que mostram casos verídicos e ...

Campinas no atraso

           Duas ocorrências chamaram a minha atenção e ambas dizem respeito ao atraso em que se encontra a cidade de Campinas (ela não tem prefeito há mais de duas décadas: os que a governaram praticamente cumpriram os seus mandatos sem realizar nenhuma obra de vulto; alguns “incharam” a administração pública municipal com a criação de centenas de cargos de assessores de livre nomeação [sem precisar submeter-se a um concurso público de provas e títulos] para cumprir “acertos” políticos; outros sequer mantiveram as ruas e praças conservadas).          A primeira ocorrência diz respeito ao problema de vagas para estacionamento nas vias públicas. Sabe-se que este é um problema que “inferniza” a vida dos motoristas, pois, por óbvio, há mais veículos do que vagas. Uma das soluções encontradas é a zona azul, cujo funcionamento é de todos conhecido. Em Campinas, a pessoa que vai estacionar compra a folha, ...