Algumas celebridades, especialmente quando estão “na crista da onda” (para usar uma expressão bem antiga...), têm aquilo que parece um colapso mental e tomam atitudes as mais desencontradas, desconstruindo aquilo que fizeram e caindo em total desgraça. Certamente, essas pessoas devem ter sido objeto de estudos das áreas de conhecimento especializadas (Psicologia, Psiquiatria). De minha parte, há 46 anos atuando na advocacia criminal e tendo feito, a nível de pós-graduação (na Faculdade de Direito da USP), um semestre de Medicina Legal, centrado na área de Psicologia Forense, mais especificamente em Personalidades Psicopáticas, tenho muita atração pelo tema. Especialmente no Tribunal do Júri atuei em defesa de pessoas que tiveram esse “clique” e mataram ou tentaram matar alguém.
Em tempos recentes, em especial duas pessoas chamaram a atenção de toda a mídia pelos desatinos que cometeram, literalmente jogando no lixo uma vida de trabalho. A primeira delas foi o mundialmente conhecido médico Roger Abdelmassih, que durante décadas foi o papa da inseminação artificial, mundialmente conhecido, tendo entre os seus clientes pessoas conhecidíssimas. Aos poucos, foram surgindo delações da prática de atos libidinosos contra algumas (ou muitas) de suas clientes, e essas “denúncias” converteram-se em processos criminais de que decorreram condenações a penas altíssimas e teve início um entra e sai de prisões. Presentemente, uma empresa de “streaming” está anunciando uma série televisiva baseada em sua vida.
A segunda pessoa é o ex-primeiro Ministro da Inglaterra, Boris Johnson, que parecia ter um arsenal inesgotável de tolices, as quais foi cometendo seguidamente, tendo conseguido safar-se de um voto de desconfiança, mas nem isso serviu como contra-impulso. Em plena pandemia, o líder despenteado promovia festas na Downing Street, 10, em Londres. Chegou a ser multado por essas farras. Em pleno luto pela morte do marido da rainha, ele promoveu mais uma festa nesse mais famoso endereço de Londres. E, para colocar o chantili sobre esse bolo de tolices, ele nomeou como um dos seus auxiliares uma pessoa que sofre acusação de assédio sexual. Será que ele desconhecia isso? Só se morasse numa bolha...
Outro que merece destaque, e na Comissão de Frtente, é o ex-presidente da Caixa Econômica Federal: presidindo a instituição e participando de vinte e um conselhos de empresas das quais a CEF fazia parte, "papando" 230 mil reais por mês, deu na sua telha de assediar sexualmente algumas funcionárias, Para tanto, tinha um rufião que apontava as mulheres que a seu juízo ele deveria assediar. Pelo ângulo que se analise, a conclusão é que ele merece figurar no quadro de honra dos que têm um parafuso a menos.
Pois é: que passa pela cabeça dessas pessoas que, no auge da vida, praticam atos que as desgraçam para sempre.
Uma música que marcou época, chamada “A Praça”, de autoria de Carlos Imperial, gravada por Ronnie Von no ano de 1967, e que foi um estrondoso sucesso, contém uma frase que diz assim: “sentei naquele banco da pracinha...”. O refrão diz assim: “a mesma praça, o mesmo banco”. É impossível imaginar uma praça sem bancos, ainda que hoje estes não sejam utilizados por aquelas mesmas pessoas de antigamente, como os namorados, por exemplo. Enfim, são duas ideias que se completam: praça e banco (ou bancos). Pois no Cambuí há uma praça, de nome Praça Imprensa Fluminense, em que os bancos entraram num período de extinção. Essa praça é erroneamente chamada de Centro de Convivência, sendo que este está contido nela, já que a expressão “centro de convivência (cultural)” refere-se ao conjunto arquitetônico do local: o teatro interno, o teatro externo e a galeria. O nome Imprensa Fluminense refere-se mesmo à imprensa do Rio de Janeiro e é uma homenagem a ela pela ajuda que prestou à cidade de Campi...
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