Pular para o conteúdo principal

Tio Fran e as viagens aéreas


 
            Todos os que fazem viagens aéreas sabem que as companhias sempre colocam à disposição do passageiro uma série de entretenimentos, além de, dependendo do tempo de percurso, algumas refeições (em relação a algumas companhias, chamar de refeição o “grude” oferecido é um exagero...). Essas diversões compreendem filmes (no voo da American Airlines São Paulo a NY [950], à disposição dos passageiros havia alguns filmes muito recentes, tais como “Vício inerente” e “Negócios inacabados”, além de séries de televisão, como “Stan, o cão blogueiro”, do Disney Channel, e “Games of thrones”; alguns clássicos, como “Ben-Hur” também podiam ser vistos), além de músicas. Também as aéreas oferecem uma revista a bordo para deleite dos leitores (há algumas que oferecem a leitura de e-books).
            Uma das revistas de bordo da American Airlanes chama-se “Nexos” e é bilíngue, impressa em português e espanhol. A referente aos meses de junho e julho traz matérias interessantes. Uma delas é sobre a atriz Salma Hayek, nascida no México e naturalizada norte-americana, que já atuou em filmes famosos e por sua atuação em "Frida" foi indicada ao Oscar. Outra matéria interessante é sobre Punta del Este, o famoso balneário no vizinho Uruguai. Lendo-a, é possível saber que o bilionário estadunidense, e candidato a candidato a presidente, Donald Trump tem naquela cidade sul-americana um empreendimento, mais especificamente uma torre de apartamentos, valendo cada um a bagatela de 2 milhões de dólares. Mais uma assunto interessante é sobre a brasileiríssima caipirinha, em que é abordada a bebida e há uma referência - desairosa, claro - ao ex-presidente Lula, que não via a hora de terminar seu mandado (nem nós, óbvio...) para tomar uma dose da "marvada" todos os dias. A  cachaça preferida por ele era produzida por uma indústria de seu vice, José Alencar. Outra matéria interessante é sobre a churrascaria Fogo de Chão e os dados são assustadores: fundada em 1979, tem 10 casas no Brasil, 25 nos Estados Unidos, uma no México e outra em Porto Rico.
            Mas o engraçado na revista é uma seção chamada “Consultório do Tio Fran”, em que a pessoa que empresta o nome a ela responde perguntas feitas por pessoas que utilizam o avião como meio de transporte. Todas as perguntas dizem respeito a viagens. Da edição junho/julho são destacadas duas. A primeira é de uma pessoa que não se conforma com o fato de alguns passageiros viajarem mal arrumados, entendendo-se como tais aqueles que estão vestindo bermudas, camiseta regata e calçando chinelos. Segundo a pessoa, e com isto todos concordam, ninguém poderia viajar assim. Outra pergunta vem de uma passageira que indagava sobre o direito de uso do descansa-braço, que, como se sabe, é para ser usado por dois passageiros simultaneamente. Tio Fran responde as perguntas com muito bom humor.
            Fiquei com vontade de encaminhar uma pergunta ao tio: por que é que algumas pessoas colocam fitas de pano de várias cores na alça da mala, com o que tornam algumas verdadeiro arco-íris. Será que é para ser mais facilmente identificada? Ou é para afastar o mau-olhado?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Uma praça sem bancos

Uma música que marcou época, chamada “A Praça”, de autoria de Carlos Imperial, gravada por Ronnie Von no ano de 1967, e que foi um estrondoso sucesso, contém uma frase que diz assim: “sentei naquele banco da pracinha...”. O refrão diz assim: “a mesma praça, o mesmo banco”. É impossível imaginar uma praça sem bancos, ainda que hoje estes não sejam utilizados por aquelas mesmas pessoas de antigamente, como os namorados, por exemplo. Enfim, são duas ideias que se completam: praça e banco (ou bancos). Pois no Cambuí há uma praça, de nome Praça Imprensa Fluminense, em que os bancos entraram num período de extinção. Essa praça é erroneamente chamada de Centro de Convivência, sendo que este está contido nela, já que a expressão “centro de convivência (cultural)” refere-se ao conjunto arquitetônico do local: o teatro interno, o teatro externo e a galeria. O nome Imprensa Fluminense refere-se mesmo à imprensa do Rio de Janeiro e é uma homenagem a ela pela ajuda que prestou à cidade de Campi...

Legítima defesa de terceiro

Um dos temas pouco abordados pelos doutrinadores brasileiros é o da legítima defesa de terceiro; os penalistas dedicam a ele uma poucas páginas, quando muito. Essa causa de exclusão da ilicitude vem definida no artigo 25 do Código Penal: “entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem”. Nessa definição estão contidos os elementos da causa de exclusão em questão: uso moderado dos meios necessários; existência de agressão atual ou iminente; a direito seu ou de outrem. Como se observa facilmente, a defesa é um repulsa a uma agressão, ou seja, é uma reação a uma agressão, atual (que está acontecendo) ou iminente (que está para acontecer). Trata-se, a causa de exclusão em questão, de uma faculdade que o Estado põe à disposição da pessoa de defender-se pois em caso contrário a atuação estatal na proteção dos cidadãos tornar-se-ia inútil. Não é uma obrigação, é uma faculdade. Caso, na...

Câmeras corporais

A adoção da utilização de câmeras corporais por policiais militares gerou – e gera – alguma controvérsia no estado de São Paulo, tendo sido feita uma sugestão que mais lembra um pronunciamento de Eremildo, o Idiota (personagem criado por Elio Gaspari): “os soldados da força policial usariam as câmeras, mas as ligariam apenas quanto quisessem”. Essa tola sugestão tem como raiz o seguinte: nas operações em que pode haver alguma complicação para o policial ele não aciona a câmera; mas demais, sim. Apenas a título informativo, muitos países do mundo tem adotado essa prática: em algumas cidades, como, por exemplo, nos Estados Unidos, até os policiais que não trajam fardas estão utilizando esses aparatos. Mas, a meu ver, o debate tem sido desfocado, ou seja, não se tem em vista a real finalidade da câmera, que é a segurança na aplicação da lei penal, servindo também para proteger o próprio agente da segurança pública (tendo exercido, enquanto Procurador do Estado, a atividade de Defensor...