A nova era trouxe, além das novidades diárias, representadas pelas redes sociais, um novo vocabulário no qual há o (a) “influencer”. Como já li em alguma parte mas não me recordo precisamente em qual, antigamente “influencer” era o pai, a mãe, o professor, o pároco, o pastor, pessoas que, de uma forma ou de outra, pelo conhecimento e proeminência que possuíam, conseguiam influenciar um sem número de pessoas. Tome-se por exemplo o professor: pelos ensinamentos transmitidos aos alunos, ele consegue influenciá-los. Na atualidade, “influencers” são muitas vezes pessoas que se tornam conhecidas por besteiras que realizam e publicam nas redes sociais, valendo notar que algumas delas mal sabem se expressar no idioma pátrio.
Pode-se começar com um bom exemplo: uma dessas figuras, numa “live”, defendeu que no Brasil, desconhecendo que a legislação proíbe, fosse, por assim dizer, legalizado o partido nazista, pois assim, na sua visão, os adeptos desse totalitarismo seriam conhecidos.
Mas o exemplo mais recente foi dado por duas “influencers”, mãe e filha (“quem saiu aos seus não degenera” ou “o fruto não cai longe da árvore”), que fizeram uma brincadeira com duas crianças pretas: a cada uma foi oferecido ou dinheiro ou um pacote que continha um presente. Ambas as crianças optaram pelo presente e num dos pacotes havia uma banana e no outro um macaco de pelúcia. Tudo, é claro, foi devidamente filmado e postado nas redes sociais; as influencers possuem mais de treze milhões de seguidores nas redes sociais.. Assustadas com a reação e com a notícia-crime encaminhada ao Ministério Público, rapidamente deletaram essa brincadeira criminosa. Procurado, o advogado de ambas disse que elas não tiveram a intenção de praticar racismo contra as crianças (essa é uma tese sempre usada desde tempos imemoriais para afastar a configuração de um delito).
A pergunta que se faz: quem essas duas queriam influenciar?
Uma música que marcou época, chamada “A Praça”, de autoria de Carlos Imperial, gravada por Ronnie Von no ano de 1967, e que foi um estrondoso sucesso, contém uma frase que diz assim: “sentei naquele banco da pracinha...”. O refrão diz assim: “a mesma praça, o mesmo banco”. É impossível imaginar uma praça sem bancos, ainda que hoje estes não sejam utilizados por aquelas mesmas pessoas de antigamente, como os namorados, por exemplo. Enfim, são duas ideias que se completam: praça e banco (ou bancos). Pois no Cambuí há uma praça, de nome Praça Imprensa Fluminense, em que os bancos entraram num período de extinção. Essa praça é erroneamente chamada de Centro de Convivência, sendo que este está contido nela, já que a expressão “centro de convivência (cultural)” refere-se ao conjunto arquitetônico do local: o teatro interno, o teatro externo e a galeria. O nome Imprensa Fluminense refere-se mesmo à imprensa do Rio de Janeiro e é uma homenagem a ela pela ajuda que prestou à cidade de Campi...
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