No dia 11 de setembro de 2001 o mundo assistia perplexo a um dos maiores ataques terroristas de todos os tempos: os feitos contra as Torres Gêmeas, em Manhattan, NY. Burlando todas as regras de segurança, os terroristas conseguiram até matricular-se em escola de pilotagem de avião para poderem agir com mais precisão. Outros ataques aconteceram no território dos EUA, porém de forma incompleta, como, por exemplo, aquele perpetrado contra o Pentágono. Os ataques às Torres Gêmeas produziram 2.977 vítimas. Vários filmes foram rodados retratando, como dramaticidade, o evento.
Em 2006 tive a oportunidade de visitar um modesto memorial (os norte-americanos são adeptos da criação de memoriais para que eventos importantes não caiam no esquecimento, ao contrário do que acontece no Brasil: aqui, mesmo que se construa um memorial, as visitas são pouquíssimas e é por isso que se diz que o Brasil é um país sem memória) e outro, muito maior foi construído, tendo sido iniciado no ano de 2006.
Para nós, moradores de Campinas, houve uma coincidência ligando os ataques às Torres Gêmeas à outra tragédia que se abateu sobre a nossa cidade: a morte do prefeito Toninho do PT. Ele foi morto no dia 10 de setembro de 2001 por volta de 22h30m, na avenida Mackenzie, quando, saindo do Shopping Iguatemi, onde fora buscar uma roupa que comprara mas deixara na loja para ajuste, dirigia-se à sua casa. Quando trafegava dirigindo seu Fiat Palio por aquela avenida foi atingido por um projétil calibre 9mm, que atravessou seu antebraço esquerdo, atingindo o tórax, perfurando os pulmões, causando morte imediata (outros disparos foram feitos contra o carro, mas não atingiram o prefeito). Na manhã de 11 de setembro dirigi-me à Faculdade de Direito da PUCCamp para ministrar aulas, mas elas tinham sido suspensas. Voltei, vesti roupas esportivas e fiz uma caminhada no Bosque dos Jequitibás. Voltando para casa, a tv estava ligada no canal de notícias Globonews e pude assistir, ao “vivo e em cores”, à impressionante colisão do jato contra a Torre Sul. Mal eu imaginava – e nem poderia ser diferente – que depois de cinco anos, em 2006, eu passaria a fazer parte de uma dessas tragédias: a de Campinas. Fui nomeado defensor dativo do acusado de ter provocado os disparos, Wanderson Nilton de Paula Lima, vulgo “Andinho”, e o desfecho do processo acusatório culminou com a impronúncia do acusado ( o Ministério Público, inconformado, recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça, debalde).
(as fotos que ilustram este artigo foram feitas por mim em 2015 e são do Memorial das Tores Gêmeas.)
Um fato tomou a atenção de muitos a partir de domingo quando uma assessora “especial” do Ministério da Integração Racial ofendeu a torcida do São Paulo Futebol Clube e os paulistas em geral. Um breve resumo para quem não acompanhou a ocorrência: a final da Copa do Brasil seria – como foi – no Morumbi, em São Paulo. A Ministra da Integração Racial requisitou um jato da FAB para vir à capital na data do jogo, um domingo, a título de assinar um protocolo de intenções (ou coisa que o valha) sobre o combate ao racismo (há algum tempo escrevi um texto sobre o racismo nos estádios de futebol). Como se sabe, as repartições públicas não funcionam aos domingos, mas, enfim, foi decisão da ministra (confessadamente flamenguista). Acompanhando-a veio uma assessora especial de nome Marcelle Decothé da Silva (também flamenguista). Talvez a versão seja verdadeira – a assinatura do protocolo contra o racismo – pois é de todos sabido que há uma crescente preocupação com o racismo nos estádios de fu
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