Conforme o site “significados.com.br”, “Hoax é uma
palavra em inglês que significa embuste ou farsa. Um hoax é
uma mentira elaborada que tem como objetivo enganar pessoas. A
internet é um meio onde há a proliferação de vários hoaxes.
A
origem desta palavra é controversa, mas alguns especialistas em etimologia
afirmam que hoax deriva da palavra hocus (usada na expressão hocus
pocus, que era proferida como um encantamento por alguns mágicos).
A
palavra hoax também pode ser usada no sentido de enganar alguém com uma brincadeira
do estilo "pegadinha".
A
internet é uma ferramenta poderosa de compartilhamento de informação, e
potencia igualmente a propagação de informação enganosa. Existem vários tipos
de hoaxes, que apresentam estratégias diferentes para enganar as
pessoas. Alguns hoaxes são simplesmente boatos com a intenção de criar
uma corrente e conseguir o maior número de visualizações, sendo uma forma de
spam. No entanto, um hoax pode ter um motivo mais obscuro, de tentar transmitir
um vírus informático ou extorquir dinheiro de alguém.”
Nesse
campo, o que mais me intriga é o seguinte: porque alguém “construiria” um “hoax”
e o postaria nas redes sociais? A resposta, certamente, seria melhor dada por um
psiquiatra ou um psicólogo, nunca por alguém da área jurídica. É óbvio que para
nós da área jurídica sempre poderá haver interesse num “hoax”, seja pedindo
providências criminais contra o autor, seja requerendo uma indenização por
danos morais contra o construtor desse embuste; embora este seja sempre
aparentemente anônimo – o que é uma das suas características -, sempre é
possível descobrir a sua procedência, pois, felizmente, pode-se saber o IP – “internet protocol” - da máquina onde a tolice foi
postada.
Esses
embustes têm algumas característica comuns, a saber:
a]
a pessoa sempre usa o anonimato ou dá um nome totalmente desconhecido e como
exemplos podem ser apontados alguns recentes: 1. Aquele que afirmava que o PCC
estava sequestrando menores para retirar os seus órgãos. A pessoa que fazia o
alerta assim o começava: “todos sabem que eu trabalho em investigação...”. Como
todos sabem? Em que investigação? Qual é
o seu nome? Qual é o seu cargo e/ou função? Esse “hoax” foi tão compartilhado
que obrigou a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo a emitir uma nota
desmentindo-o. 2. Uma pessoa intitulando-se Oswaldo, cognominado “professor” (onde o infeliz dá aulas? de qual disciplina?),
disse saber o motivo pelo qual o Molusco não foi preso até agora: tudo o que
esse “mestre” disse é de difícil comprovação e ninguém sabe de quem se trata.
b]
omite de propósito datas e lugares precisos: um desses embustes dizia que num
cinema (famoso) de um shopping (mais famoso ainda) uma conhecida dele, cujo
nome omitia, tinha sido assaltada. Como se vê, não dizia o nome da rede de
salas de cinema, dizia vagamente o nome do shopping (Iguatemi), mas não dizia a
data nem a cidade em que o suposto roubo ocorreu. Menos ainda o nome da suposta
vítima.
c]
às vezes, mantendo ainda o anonimato, adverte que a Polícia Federal ou
qualquer outra polícia lançou um alerta sobre tal ou qual assunto: essas
entidades nunca emitem alerta e não precisa ter nível superior de formação para
saber isso.
Em
épocas eleitorais, há uma torrencial chuva de “hoaxes” e o partido que foi
apeado do poder há pouco tempo era mestre nesse assunto.
Há,
grosso modo, uma forma de tentar desmentir esses embustes: existem dois “sites” que
são especializados nisso e um deles é o e-farsas e o outro é o boatos.org.
De
qualquer forma, é sempre salutar, antes de compartilhar algo que têm as
características acima descritas ou somente uma, pesquisar nesses dois “sites”
ou mesmo no Google a veracidade da postagem.
De minha parte digo: nada me irrita
mais do que receber um “hoax”: existem tantos assuntos mais importantes no uso da internet e pessoas gastam tempo construindo essas besteiras; outros tantos gastam tempo lendo-as e compartilhando-as...
Caro Silvio Artur,
ResponderExcluirMuito bem escrito, esclarecedor e oportuno: meus parabéns e ab cordial!
Dolor