O título bem poderia ser outro: “o neto do ditador, o Mercedes Benz e as desculpas esfarrapadas”.
Um dos netos do ex-ditador de Cuba, Fidel Castro, de nome Sandro, foi filmado num vídeo e postou-o no Whatsapp. A postagem, disse ele, foi num grupo do qual fazem parte pessoas que se conhecem bem, porém foi postado (não se sabe por quem) em outras redes sociais, inclusive no Youtube. Um dos seus tios, pessoa poderosa na hierarquia cubana, fez uma postagem no Twitter na qual o chama de “patata pudrida”, ou seja, “batata podre” num saco onde estão batatas boas.
A filmagem, que se supõe foi feita pela sua namorada (uma linda moça, a propósito), mostrava o rapaz ao volante de um carro Mercedes Benz, em alta velocidade e escarnecendo das pessoas: “de vez em quando é preciso tirar de casa um brinquedinho destes”, em excesso de velocidade, a 140 km/h, na ilha. Sim na famosa ilha do Caribe, em que nenhuma rodovia permite tal velocidade.
Como o vídeo viralizou e ele foi chamado de “batata podre” por um poderoso tio, o gajo procurou desfazer o estrago, e tomado por uma humildade oposta à sua arrogância quando estava dirigindo a poderosa máquina, pede desculpas que podem ser classificadas como esfarrapadas. Ele afirma que o carro não é dele e sim de um amigo, sem dizer porém o nome (fazendo lembrar aqueles perfis nas redes sociais em que a pessoa se intitula “professor de Direito”, porém sem dizer de qual ramo dessa ciência – que são vários -, nem em qual faculdade – e são milhares – ele ministra aulas).
Dirigir um Mercedes Benz num país em que frota veicular é composta em sua maioria por “charangas” já é, em si mesmo, um escárnio, e, não contente com isso, profere aquelas palavras demonstradoras de sua arrogância.
Resta saber se haverá alguma consequência num país em que a repressão é extrema contra as pessoas que protestam contra o regime.
Um fato tomou a atenção de muitos a partir de domingo quando uma assessora “especial” do Ministério da Integração Racial ofendeu a torcida do São Paulo Futebol Clube e os paulistas em geral. Um breve resumo para quem não acompanhou a ocorrência: a final da Copa do Brasil seria – como foi – no Morumbi, em São Paulo. A Ministra da Integração Racial requisitou um jato da FAB para vir à capital na data do jogo, um domingo, a título de assinar um protocolo de intenções (ou coisa que o valha) sobre o combate ao racismo (há algum tempo escrevi um texto sobre o racismo nos estádios de futebol). Como se sabe, as repartições públicas não funcionam aos domingos, mas, enfim, foi decisão da ministra (confessadamente flamenguista). Acompanhando-a veio uma assessora especial de nome Marcelle Decothé da Silva (também flamenguista). Talvez a versão seja verdadeira – a assinatura do protocolo contra o racismo – pois é de todos sabido que há uma crescente preocupação com o racismo nos estádios de fu
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