O título bem poderia ser outro: “o neto do ditador, o Mercedes Benz e as desculpas esfarrapadas”.
Um dos netos do ex-ditador de Cuba, Fidel Castro, de nome Sandro, foi filmado num vídeo e postou-o no Whatsapp. A postagem, disse ele, foi num grupo do qual fazem parte pessoas que se conhecem bem, porém foi postado (não se sabe por quem) em outras redes sociais, inclusive no Youtube. Um dos seus tios, pessoa poderosa na hierarquia cubana, fez uma postagem no Twitter na qual o chama de “patata pudrida”, ou seja, “batata podre” num saco onde estão batatas boas.
A filmagem, que se supõe foi feita pela sua namorada (uma linda moça, a propósito), mostrava o rapaz ao volante de um carro Mercedes Benz, em alta velocidade e escarnecendo das pessoas: “de vez em quando é preciso tirar de casa um brinquedinho destes”, em excesso de velocidade, a 140 km/h, na ilha. Sim na famosa ilha do Caribe, em que nenhuma rodovia permite tal velocidade.
Como o vídeo viralizou e ele foi chamado de “batata podre” por um poderoso tio, o gajo procurou desfazer o estrago, e tomado por uma humildade oposta à sua arrogância quando estava dirigindo a poderosa máquina, pede desculpas que podem ser classificadas como esfarrapadas. Ele afirma que o carro não é dele e sim de um amigo, sem dizer porém o nome (fazendo lembrar aqueles perfis nas redes sociais em que a pessoa se intitula “professor de Direito”, porém sem dizer de qual ramo dessa ciência – que são vários -, nem em qual faculdade – e são milhares – ele ministra aulas).
Dirigir um Mercedes Benz num país em que frota veicular é composta em sua maioria por “charangas” já é, em si mesmo, um escárnio, e, não contente com isso, profere aquelas palavras demonstradoras de sua arrogância.
Resta saber se haverá alguma consequência num país em que a repressão é extrema contra as pessoas que protestam contra o regime.
Uma música que marcou época, chamada “A Praça”, de autoria de Carlos Imperial, gravada por Ronnie Von no ano de 1967, e que foi um estrondoso sucesso, contém uma frase que diz assim: “sentei naquele banco da pracinha...”. O refrão diz assim: “a mesma praça, o mesmo banco”. É impossível imaginar uma praça sem bancos, ainda que hoje estes não sejam utilizados por aquelas mesmas pessoas de antigamente, como os namorados, por exemplo. Enfim, são duas ideias que se completam: praça e banco (ou bancos). Pois no Cambuí há uma praça, de nome Praça Imprensa Fluminense, em que os bancos entraram num período de extinção. Essa praça é erroneamente chamada de Centro de Convivência, sendo que este está contido nela, já que a expressão “centro de convivência (cultural)” refere-se ao conjunto arquitetônico do local: o teatro interno, o teatro externo e a galeria. O nome Imprensa Fluminense refere-se mesmo à imprensa do Rio de Janeiro e é uma homenagem a ela pela ajuda que prestou à cidade de Campi...
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