Campinas
– que saudade! – já foi uma referência cultural, médica e universitária. A
qualidade de vida era uma das melhores do país. Merecidamente chamada de
“princesa d’oeste”, tinha duas agremiações futebolísticas – uma delas a mais
antiga do Brasil – que revelaram craques de alto nível que fizeram parte da
seleção brasileira.
Porém,
durante mais de uma década a cidade praticamente esteve sem prefeito, ou seja,
de alguém que ocupasse o palácio dos jequitibás com um plano de administrar a
cidade condignamente. Tudo se deteriorou: as praças passaram a ser vítimas de
vândalos, o trânsito ficou semelhante ao de uma capital, e, no campo cultural,
passou a não ter um teatro. Campinas tinha um teatro que era maravilhoso, ali
na praça atrás da catedral e onde hoje é uma loja (sim, uma loja...), que foi
posto abaixo, e, em seguida, foi construído o Castro Mendes (ali realizavam-se
as colações de grau - a da minha turma,
em 1975, por exemplo, foi lá) e, depois, o do Centro de Convivência Cultural,
interno (há o de arena, externo).
Todavia,
ambos se deterioraram e foram fechados. Para vergonha municipal, Campinas
passou a ter teatro particular, no interior de shopping e não apenas um, mas
dois (digo vergonha para o poder público municipal que não conseguiu ter um
teatro próprio). Os anos foram passando e nada de um governante “reconstruir”
um dos teatros. E quando os governantes permanecem inertes, nada melhor do que
a população se unir em associações para exigir (este é o verbo devido) do poder
público as melhorias devidas.
Pois
é isso que está ocorrendo em relação ao teatro do Centro de Convivência: foi
formada a Associação Reconvivência que está disposta a lutar pela reforma
(restauração) do teatro localizado nesse centro. Hoje houve um encontro e um
manifesto descreve o que pretende e quais as ações que serão desenvolvidas.
As
pessoas que quiserem engajar-se ne luta serão bem recebidas. Maiores detalhes
estão no panfleto que abaixo.
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