Os fatos trágicos que têm tomado a atenção da mídia notabilizam-se pela linguagem equivocada das pessoas envolvidas na defesa ou acusação: são manifestações que demonstram a total ignorância a respeito do tema sobre o qual se manifestam.
Exemplo 1 - a advogada do acusado Lindemberg afirmou que "todos os brasileiros têm direito a julgamento justo". Errado: todas as PESSOAS - não importando a nacionalidade - que praticarem crime no território nacional têm direito a um julgamento justo. Se fosse da forma como ela se expressou, um chinês que cometesse um crime no Brasil não teria direito a um julgamento justo. Aluno de segundo ano de direito tem obrigação de saber isso.
Exemplo 2 - a mesma causídica disse à juíza que ela "deveria voltar a estudar". O motivo da afirmação - descortês ao extremo - foi a insistência da causídica numa pergunta (já feita, diga-se) e com base, segundo ela, no "princípio da descoberta da verdade real". A juíza retrucou que não existia o princípio, o que motivou a atitude destemperada da advogada. O princípio que norteia o processo penal é o "da busca da verdade real" e, sabe-se, nem sempre o que é buscado é descoberto, ainda mais em se tratando da verdade. Quem deveria voltar a estudar?
Exemplo 3 - o advogado da família da garota que morreu no parque temático afirmou que, apoiado pelo Ministério Público (o que eu duvido), iria fazer com que "o parque respondesse por crime doloso". Para tanto, o causídico deveria conseguir transferir o julgamento para outro país, porque no Brasil a pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo de crime (com poucas exceções, crime contra o meio ambiente), seja doloso, seja culposo. Aluno de primeiro ano de direito tem obrigação de saber isso.
Fora da área jurídica, mas nem tanto, num blog, um tal Sakamoto, discorrendo sobre a morte de uma ciclista, afirmou que a pessoa seria "taxada" de... Pergunto: "taxada" em qual porcentagem? Pois é, ele, embora tenha um blog, não sabe que a palavra é escrita com "ch" - "tachada". Taxar significa tributar.
Onde andas, língua portuguesa? Onde andas, conhecimento jurídico?
Exemplo 1 - a advogada do acusado Lindemberg afirmou que "todos os brasileiros têm direito a julgamento justo". Errado: todas as PESSOAS - não importando a nacionalidade - que praticarem crime no território nacional têm direito a um julgamento justo. Se fosse da forma como ela se expressou, um chinês que cometesse um crime no Brasil não teria direito a um julgamento justo. Aluno de segundo ano de direito tem obrigação de saber isso.
Exemplo 2 - a mesma causídica disse à juíza que ela "deveria voltar a estudar". O motivo da afirmação - descortês ao extremo - foi a insistência da causídica numa pergunta (já feita, diga-se) e com base, segundo ela, no "princípio da descoberta da verdade real". A juíza retrucou que não existia o princípio, o que motivou a atitude destemperada da advogada. O princípio que norteia o processo penal é o "da busca da verdade real" e, sabe-se, nem sempre o que é buscado é descoberto, ainda mais em se tratando da verdade. Quem deveria voltar a estudar?
Exemplo 3 - o advogado da família da garota que morreu no parque temático afirmou que, apoiado pelo Ministério Público (o que eu duvido), iria fazer com que "o parque respondesse por crime doloso". Para tanto, o causídico deveria conseguir transferir o julgamento para outro país, porque no Brasil a pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo de crime (com poucas exceções, crime contra o meio ambiente), seja doloso, seja culposo. Aluno de primeiro ano de direito tem obrigação de saber isso.
Fora da área jurídica, mas nem tanto, num blog, um tal Sakamoto, discorrendo sobre a morte de uma ciclista, afirmou que a pessoa seria "taxada" de... Pergunto: "taxada" em qual porcentagem? Pois é, ele, embora tenha um blog, não sabe que a palavra é escrita com "ch" - "tachada". Taxar significa tributar.
Onde andas, língua portuguesa? Onde andas, conhecimento jurídico?
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