No filme "Os Vingadores", ainda em exibição nos cinemas, há um diálogo interessante entre o agente Coulson e o Capitão América, em que aquele diz a este que (devendo entrar em ação) que o seu uniforme está pronto. O Super Herói pergunta: "aquelas listras, aquela estrela"? Isso não é antiquado? (old fashioned)". O agente Coulson responde que o mundo está precisando de coisas antiquadas.
Um diálogo de um filme de muita ação não leva o espectador, principalmente o público que gosta desse tipo de filme, majoritariamente jovem, a formar uma ideia sobre a sua profundidade. Pensei no diálogo dia destes, em duas ocasiões. Uma delas quando ia, a pé, pela avenida Francisco Glicério e atravessaria a rua Benjamin Constant. O semáforo para pedestres estava fechado, com a mão vermelha acesa e as pessoas olimpicamente ignoravam-no, fazendo muitas vezes com que os motoristas detivessem os seus veículos. Olhei uma dessas pessoas no rosto e vi-o carregado, como se estivesse com ódio e achando que o direito de travessia era dela. A outra vez aconteceu no dia seguinte, mais precisamente no feriado chuvoso, quando, no período da tarde, estava no interior de uma loja no bairro Cambuí e sem sequer quem eram as pessoas, ouvi um diálogo entre uma mãe e sua filhinha, que, suponho, não tinha ainda 8 anos. A mãe "negociava" com a pimpolha o seguinte: se ela, pimpolha, preferia uma festa de aniversário ou a correspondente quantia em presentes, falando até em valores (no caso, mil reais - não sei que tipo de festa se pode promover com mil reais [talvez lanches para algumas crianças num "fast food"]). Adquiri o que pretendia e saí, enquanto a "negociação" prosseguia. Saí pensando: será que essa criança mais tarde não pensará que tem o direito de "negociar" a sua aprovação num curso, num emprego, e por aí adiante?
Outras cenas que tenho presenciado (tais como: uso de telefone celular em todo e qualquer ambiente, especialmente um que é rádio e que as pessoas o utilizam no viva-voz em alto volume, o comportamento de alunos em sala de aula, o comportamento das pessoas em salas de cinema, em restaurantes, no trânsito) me fazem pensar que o mundo está mesmo precisando de coisas antiquadas e uma delas, a mais necessitada, é a educação. Sim, hoje, ser educado, é "old fashioned": as pessoas, por exemplo, vão a restaurantes trajando bermudas, camisetas e chinelos (por vezes, bonés); idem esse vestuário em sala de aula; nas salas de cinema, sentam-se com os pés no encosto da poltrona da frente, conversam em voz alta, atendem o celular. Comportam-se como trogloditas no trânsito.
Pois é, os tempos atuais requerem algo muito antiquado: a educação.
Um diálogo de um filme de muita ação não leva o espectador, principalmente o público que gosta desse tipo de filme, majoritariamente jovem, a formar uma ideia sobre a sua profundidade. Pensei no diálogo dia destes, em duas ocasiões. Uma delas quando ia, a pé, pela avenida Francisco Glicério e atravessaria a rua Benjamin Constant. O semáforo para pedestres estava fechado, com a mão vermelha acesa e as pessoas olimpicamente ignoravam-no, fazendo muitas vezes com que os motoristas detivessem os seus veículos. Olhei uma dessas pessoas no rosto e vi-o carregado, como se estivesse com ódio e achando que o direito de travessia era dela. A outra vez aconteceu no dia seguinte, mais precisamente no feriado chuvoso, quando, no período da tarde, estava no interior de uma loja no bairro Cambuí e sem sequer quem eram as pessoas, ouvi um diálogo entre uma mãe e sua filhinha, que, suponho, não tinha ainda 8 anos. A mãe "negociava" com a pimpolha o seguinte: se ela, pimpolha, preferia uma festa de aniversário ou a correspondente quantia em presentes, falando até em valores (no caso, mil reais - não sei que tipo de festa se pode promover com mil reais [talvez lanches para algumas crianças num "fast food"]). Adquiri o que pretendia e saí, enquanto a "negociação" prosseguia. Saí pensando: será que essa criança mais tarde não pensará que tem o direito de "negociar" a sua aprovação num curso, num emprego, e por aí adiante?
Outras cenas que tenho presenciado (tais como: uso de telefone celular em todo e qualquer ambiente, especialmente um que é rádio e que as pessoas o utilizam no viva-voz em alto volume, o comportamento de alunos em sala de aula, o comportamento das pessoas em salas de cinema, em restaurantes, no trânsito) me fazem pensar que o mundo está mesmo precisando de coisas antiquadas e uma delas, a mais necessitada, é a educação. Sim, hoje, ser educado, é "old fashioned": as pessoas, por exemplo, vão a restaurantes trajando bermudas, camisetas e chinelos (por vezes, bonés); idem esse vestuário em sala de aula; nas salas de cinema, sentam-se com os pés no encosto da poltrona da frente, conversam em voz alta, atendem o celular. Comportam-se como trogloditas no trânsito.
Pois é, os tempos atuais requerem algo muito antiquado: a educação.
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