Manter
relação sexual é uma atividade que talvez tenha o maior número de expressões
para designa-la; sinônimas, enfim. Compete com ela a pinga: cachaça, água que passarinho não
bebe, pura, aguardente, “marvada”, “a que matou o guarda”, uca e outras mais. Também
a casa de prostituição: zbm – zona do baixo meretrício, casa das primas, lupanar,
conventilho, casa de tolerância e outras.
Para
a relação sexual, comecemos pela expressão que o Código Penal emprega para
significa-la: conjunção carnal, conforme se pode constatar lendo-se os artigos
213 e 217-A, entre outros. A doutrina explica o que se deve entender pela
expressão: relação sexual que acontece entre duas pessoas de sexos diferentes
(“sexos opostos”?). “Fazer amor” é outra expressão, mas não é necessário que
haja amor entre as pessoas, apenas apetite sexual. Assis Chateaubriand, aquele
mesmo que montou, a partir do nada, um império de comunicação (teria sido o
Rudolph Hearst brasileiro, antecessor de Roberto Marinho), consistente em
jornais (“Diário de São Paulo”, “Diário da Noite”), revistas (“O Cruzeiro”,
revista semanal que era o “it” da época), rádios (“Excelsior” e "Tupi") e foi o
introdutor da televisão no Brasil, com a TV Tupi, cuja primeira transmissão se
deu aos 18 de setembro de 1950 (no livro “Chatô, o rei do Brasil”, de Fernando
Morais, é possível colher todos estes dados e mais, a foto da primeira
transmissão, em que aparece Hebe Camargo – talvez a mais longeva na televisão),
criou um verbo para significar a relação sexual: “furunfar”. Outra: amplexo sexual.
Mais uma: congresso carnal (esta é de Julio Fabbrini Mirabete). Só mais uma:
coito vaginal. A última: transar.
Para
significa-la existem também incontáveis expressões chulas, que, em respeito aos
leitores, todas não serão expostas aqui. Há uma, todavia, e que dá a ideia de “subir” (os verbos são sinônimos),
que foi levada “ao pé da letra” por um casal num dos edifícios mais icônicos de
São Paulo, o famoso Copan. Acerca deste prédio, imenso, foram escritos inúmeros
textos, feitas filmagens, mas, ao que se saiba, nunca tinha acontecido o
episódio envolvendo um casal e a conjunção carnal: ele – o casal – foi
surpreendido na escada “furunfando”.
A
envolvida concordou em falar (sob o manto do anonimato) a um dos órgãos de comunicação de São Paulo e
narrou que, junto com o seu acompanhante, foi visitar uma amiga que ali reside.
Passaram pela portaria e, em vez de se dirigirem ao apartamento da amiga,
subiram ao último andar, e, com a libido nas alturas (literalmente...), foram
aos “finalmentes” (como dizia o coronel Odorico Paraguaçu). Ali, enquanto
estavam em pleno “amplexo sexual”, foram surpreendidos pelo vigia. Se foi um
“coitus interruptus”, a notícia não explica, mas o prazer parece que não foi
atingido por nenhum dos envolvidos. A punição: a moradora do apartamento foi
multada em R$674,00 (infração gravíssima?). Quem recolheu a quantia foi a
“coitada”.
Como
esses fatos bizarros têm sempre continuação, a envolvida no ato pagou a multa e
postou no site “vakinha.com” um pedido para que a ajudassem a pagar a multa.
Apurou míseros 20 reais e algumas frases de gozação.
Pois é:
a esta altura, o leitor já deve saber qual a expressão substitutiva da
conjunção carnal que o casal praticou...
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